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MENSAGEM E SAUDAÇÃO DOM LUIZ ANTONIO RICCI




Novidade e Confiança!

Niterói, 06 de maio de 2020.


O Senhor fez em mim maravilhas! (Lc 1, 49)

Meus irmãos e minhas irmãs. Saudação pascal em Cristo Vivo!

“Foi pela fé que Abraão, respondendo ao chamado, obedeceu e partiu” (Hb 11,8). Quando tudo parecia estável - no que se refere, é claro, à minha permanência como Bispo Auxiliar de Niterói, diante do dramático cenário de pandemia e incertezas, “de repente, não mais que de repente”, recebo uma comunicação do Núncio Apostólico na qual, com muita cordialidade, me informou que o estimado Papa Francisco havia me nomeado Bispo Diocesano de Nova Friburgo. Revivi a cena e os sentimentos de exatos três anos atrás, quando fui nomeado Bispo Auxiliar de Niterói. Confesso que não esperava uma transferência antes dos próximos três anos. Mas aconteceu! Foi pela fé, com “temor e tremor”, que dei o meu sim ao chamado da Igreja, considerando que depois do primeiro sim os outros são continuidade e consequência. Sempre acreditei e experimentei concretamente que, quando Deus dá uma missão, oferece também os meios e a Graça para bem cumpri-la, em seu Nome, por amor e com amor. Tenho falado de modo recorrente que reiniciar é preciso, à luz das dimensões kenótica e Kairótica. Abrir mão do que gostamos por um bem maior é uma atitude Kenótica (esvaziamento). Acreditar que a “Graça habitual” e “de estado” nos acompanham é uma atitude kairótica (Graça de Deus). Partir só se compreende à luz da teologia da Kenosis (cf. Fl 2,5-11), da fé, confiança encorajadora, do desejo de paternidade espiritual e pastoral, da abertura à novidade e do não esquecimento dos pobres e necessitados (cf. Gl 2,10). Tudo isso dentro do fecundo ventre da Igreja Mãe e Mestra! Gerar, partejar e se “autopartejar” em Deus é preciso!

Deixar-se guiar pelo Espírito Santo implica acolher a novidade de Deus (cf. Jo 3,8) na vida concreta e procurar, pela fé, querer o que Deus quer. Nascer de novo é o mesmo que nascer do alto. Novo e alto! Nova Friburgo e altitude! Cresci, com minha família de sangue, num bairro de periferia, em Bauru-SP, chamado Nova Esperança. Agora vou para Nova Friburgo, minha nova família eclesial. Nascer do Alto, nascer de novo, continuar a missão e aprendizado em Nova Friburgo. Atravessei a Ponte e agora subo a Serra. Montes e colinas, terra e mar, lugares teológicos que falam de Deus e de onde Deus fala. Lugares de encontro com Deus, de respiro, abertura arejante e suave, de contemplação e de fortalecimento para a continuidade da missão junto aos irmãos e irmãs. Subir para descer e descer para subir: busca e humildade; leveza e simplicidade; beleza, bondade e verdade inseparáveis. Subo à Montanha, com o mesmo desejo de construir pontes, sempre por meio do diálogo e respeito, comunhão eclesial e participação, colaborando para “aterrar os vales e aplainar montanhas e colinas” (cf. Lc 3,5), seguindo os passos de São João Batista, e de Maria, a Imaculada Conceição, que se dirigiu apressadamente a uma região montanhosa para servir e anunciar. Que o Senhor faça em nós e por meio de nós maravilhas!


Minha saudação primeira para a Diocese de Nova Friburgo, pela qual rezo, de modo mais intenso, desde a minha nomeação e que em breve me acolherá. Saúdo com afeto colegial o estimado pastor e irmão Dom Paulo Antônio de Conto, nosso Administrador Apostólico, a quem agradeço o alegre, cordial, dedicado, jovial e generoso serviço eclesial à frente da Diocese de Nova Friburgo. Saúdo também com o mesmo afeto colegial nosso bispo emérito Dom Edney Gouvêa Mattoso, os Arcebispos e Bispos do nosso Regional Leste 1 e de nossa Província Eclesiástica. Saúdo de modo muito cordial e fraterno, os nossos Sacerdotes, Diáconos, Consagrados e Consagradas, Seminaristas e vocacionados, e a todo Povo de Deus da Diocese de Nova Friburgo, bem como a todas as pessoas de boa vontade, autoridades políticas, civis e militares, meios de comunicação e irmãos e irmãs das diversas denominações religiosas. Estarei entre vocês como servidor e aprendiz, com o sincero desejo de ser um pastor e samaritano “que vê, sente compaixão e cuida” (cf. Lc 10, 33-34). Conto com as orações, proximidade, paciência, compreensão e colaboração de todos e todas para o exercício dessa preciosa missão a mim confiada pelo Bom Pastor.

Minha saudação, com estima de sempre e gratidão, aos meus irmãos no episcopado Dom José Francisco Rezende Dias e Dom Alano Maria Pena, aos irmãos Sacerdotes e Diáconos, Seminaristas, Consagrados e Consagradas, e ao amado Povo de nossa estimada Arquidiocese de Niterói, minha gratidão sincera pela acolhida alegre e fraterna de todos e todas. De novo, chegou para mim a hora de partir, pois “há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu” (Ecl 3,1). Confesso que vivenciei intensamente esses quase três anos com vocês. Tenho consciência do quanto Dom José Francisco precisa e aguardou um bispo auxiliar. Sinto profundamente já ter que partir. É vero! O Bom Deus sabe! Contudo, a Igreja me chama para uma nova realidade na Igreja de Nova Friburgo. O tempo com vocês foi intenso, no qual “aprendi” e estou aprendendo a ser bispo-pastor. Agora sou transferido para uma nova escola eclesial. Gratidão por tudo e por tanto! Estaremos próximos na geografia, bem como na amizade, orações e comunhão eclesial. Sei que poderei contar com a compreensão e orações de todos e todas. O Amor de Cristo e a Cristo nos uniu! Gratidão sempre!


Por fim, aproveito a ocasião para convidar e comunicar que a minha posse canônica foi agendada para o dia 04 de julho, Sábado, às 10h, na cidade de Nova Friburgo – RJ.

Que Nossa Senhora da Imaculada Conceição e São João Batista, intercedam por mim e pela nossa Igreja Particular de Nova Friburgo para que possamos, unidos, permanecer no Amor de Cristo, tendo os mesmos sentimentos Dele, vivendo a nossa fé eclesial com alegria, gratidão, misericórdia, leveza, simplicidade, justiça, equilíbrio, respeito, comunhão, participação, compaixão e desejo de santidade, por meio da integração “fé, culto e ethos{comportamento}que se compenetram mutuamente como uma única realidade” (Bento XVI, Deus Caritas Est, n.14), na “alegria do Evangelho”, numa “Igreja em saída” (Francisco, Evangelii Gaudium, nn.1.20), “produzindo frutos no amor para a vida do mundo” (Vaticano II, Optatam Totius, n.16), na novidade do Espírito e confiança pascal em Jesus Cristo, nosso “Primeiro Amor” (Ap 2,4).


Coragem e esperança renovada nesse difícil período de pandemia! Rezem por mim! Cordialmente, com o meu abraço virtual, proximidade, gratidão, orações e benção,


Dom Luiz Antonio Lopes Ricci.

Bispo nomeado para a Diocese de Nova Friburgo - RJ.

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